De certo, ontem foi um dia histórico para o mundo. Afinal, não é todo dia que se elege um negro, filho de queniana e com nome muçulmano para a presidência do país mais importante do planeta, os Estados Unidos da América. Barack Obama, desde o início da campanha eleitoral, representou a esperança de estadunidenses em desespero com a péssima gestão política e econômica de George W. Bush (por sinal, alguém sabe onde ele está?) e de estrangeiros, que esperam um novo tipo de comportamento relacionado à política internacional dessa nação.
Mas a cautela nunca é demais, e os nossos pés devem continuar onde estão, no chão. Como comparação, vale relembrar o momento da eleição de um operário semi-analfabeto para a presidência do Brasil. É memorável que, à época, chegaram a comparar Luiz Inácio Lula da Silva com o revolucionário argentino Che Guevara, pelo alto poder de transformação social que creditaram nele. Até hoje espera-se a tão falada "revolução lulista"...
Pois bem, voltemos à Osama. Opa, desculpa, quer dizer, Obama. Uma letrinha só acaba por me confundir. E por falar em terrorista, espera-se que o novo presidente dos Estados Unidos tire as tropas do Oriente Médio. Ele prometeu que fará isso aos poucos, ao contrário de McCain, candidato republicano tecnicamente derrotado, que tenderia a manter a estratégia militar adotada por Bushinho. Mas tudo depende da situação por lá. Não podemos esquecer que, antes de negro, democrata ou qualquer coisa que remeta à "qualidades", Obama é o líder estadunidense, e tem o compromisso de defender os interesses do seu povo. A questão é que, historicamente, essa postura tem sido tomada de maneira bárbada e injusta. A esperança, nesse caso, é que haja menos selvageria e loucura.
Lula, entre as dezenas de personalidades que comentaram a vitória de Obama, disse que espera um posicionamento favorável do democrata em relação à América Latina. O programa de governo do eleito, no entanto, deixa o biocombustível brasileiro em maus lençóis, já que foi prometido total apoio aos agricultores de lá de cima para plantarem o milho que dá origem ao álcool.
É claro que não se pode ignorar a importância da eleição de Barack Obama. "Sua vitória representa um momento de superação histórica para os Estados Unidos", disse o presidente brasileiro, em faz enviado à Obama. De fato, os EUA deram um passo à frente em termos políticos. Isso pode ser bom - ou não - para o resto do mundo. É mais correto pensarmos que estamos diante de uma caixinha de surpresas, ao invés de comemorar.
Por sinal, comemorar o quê mesmo? A vitória de um presidente estadunidense? Se é verdade que sua gestão pode refletir beneficamente em outros países - sobretudo os do Oriente Médio - é verdade também que estamos falando de um governo que é, historicamente, o carrasco mundial. Portanto, a comemoração só deve ter início quando os reflexos dessa mudança forem sentidos aqui, no Brasil. Somos brasileiros, lembram? Logo, não importa se os norte-americanos estão bem, o que vale são os nossos interesses. Queremos evolução, sim, queremos mudança. Mas queremos, sobretudo, fazer parte de tudo isso.
Hope? Progress? It doesn't matter if it's not in Brazil...
Mas a cautela nunca é demais, e os nossos pés devem continuar onde estão, no chão. Como comparação, vale relembrar o momento da eleição de um operário semi-analfabeto para a presidência do Brasil. É memorável que, à época, chegaram a comparar Luiz Inácio Lula da Silva com o revolucionário argentino Che Guevara, pelo alto poder de transformação social que creditaram nele. Até hoje espera-se a tão falada "revolução lulista"...
Pois bem, voltemos à Osama. Opa, desculpa, quer dizer, Obama. Uma letrinha só acaba por me confundir. E por falar em terrorista, espera-se que o novo presidente dos Estados Unidos tire as tropas do Oriente Médio. Ele prometeu que fará isso aos poucos, ao contrário de McCain, candidato republicano tecnicamente derrotado, que tenderia a manter a estratégia militar adotada por Bushinho. Mas tudo depende da situação por lá. Não podemos esquecer que, antes de negro, democrata ou qualquer coisa que remeta à "qualidades", Obama é o líder estadunidense, e tem o compromisso de defender os interesses do seu povo. A questão é que, historicamente, essa postura tem sido tomada de maneira bárbada e injusta. A esperança, nesse caso, é que haja menos selvageria e loucura.
Lula, entre as dezenas de personalidades que comentaram a vitória de Obama, disse que espera um posicionamento favorável do democrata em relação à América Latina. O programa de governo do eleito, no entanto, deixa o biocombustível brasileiro em maus lençóis, já que foi prometido total apoio aos agricultores de lá de cima para plantarem o milho que dá origem ao álcool.
É claro que não se pode ignorar a importância da eleição de Barack Obama. "Sua vitória representa um momento de superação histórica para os Estados Unidos", disse o presidente brasileiro, em faz enviado à Obama. De fato, os EUA deram um passo à frente em termos políticos. Isso pode ser bom - ou não - para o resto do mundo. É mais correto pensarmos que estamos diante de uma caixinha de surpresas, ao invés de comemorar.
Por sinal, comemorar o quê mesmo? A vitória de um presidente estadunidense? Se é verdade que sua gestão pode refletir beneficamente em outros países - sobretudo os do Oriente Médio - é verdade também que estamos falando de um governo que é, historicamente, o carrasco mundial. Portanto, a comemoração só deve ter início quando os reflexos dessa mudança forem sentidos aqui, no Brasil. Somos brasileiros, lembram? Logo, não importa se os norte-americanos estão bem, o que vale são os nossos interesses. Queremos evolução, sim, queremos mudança. Mas queremos, sobretudo, fazer parte de tudo isso.
Hope? Progress? It doesn't matter if it's not in Brazil...
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