sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Agendamento

Toda vez que casos como a da "menina" Eloá explodem na mídia - fatos que deveriam ser extraordinários mas acontecem com cada vez mais frequência - pergunto-me se vale mesmo a pena acompanhá-los. Seria apenas uma questão de agendamento, em se tratando de jornalistas, e de estar inserido em debates, no caso do público.

Nunca hesite em se perguntar se vale a pena estar todo dia conectado ao G1 ou ligado aos grandes telejornais acompanhando tais tramas. Ou melhor, não tenha medo de negar tudo isso. Informe-se, procure saber o que está acontecendo, mas não se envolva com a novela dos meios de comunicação. O sensacionalismo exacerbado incomoda, a exploração da dor de quem sofre é cruel. E o pior: o papel fiscalizador e denunciador da imprensa não é cumprido. Quem está se questionando qual a origem social do problema de Lindemberg Alves, que assassinou sua ex-namorada e quase vitimou uma amiga dela? Quem está criticando a ineficiência e a irresponsabilidade com a vida por parte da polícia brasileira?

Prefiro deixar de debater questões e não alongar o post, não quero agendar-me agora (apesar de, somente em comentar, coloco-me inserida nesse círculo vicioso). Comemorar, por exemplo, o grande número de editais que estão beneficiando os curtas do cinema baiano é muito mais interessante. Prestar atenção aos festivais de cinema que andam acontecendo, torcer pelos brasileiros que concorrem em diversas categorias, isso sim é interessante e, de uma forma ou outra, mudam nossas vida.

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