Os diversos movimentos cívicos hoje configuram-se mais como uma oportunidade de propaganda para diversos setores do que um momento de protesto, como fora no ínicio da maioria destes. A Parada Gay de Salvador não é diferente. A sua sétima edição ocorreu no último domingo, dia 14, com forte propaganda política.
O que mais era nítido, ao menos na praça do Campo Grande, era um sem-número de candidatos a Câmara de Vereadores distribuindo seus santinhos e pedindo o voto dos transeuntes. Nada mais que natural, apesar de incorreto, que se faça um bom proveito desse tipo de situação, principalmente quando se trata de uma grande festa.
A parte mais séria dessa história toda envolve o Grupo Gay da Bahia (GGB), organizador do evento, cujo tema foi "Seu voto vale sua vida". Marcelo Cerqueira, presidente do GGB, é candidato a vereador pelo Partido Verde (PV) e lá estava, com o seu carro de propaganda, santinhos e cartazes. Soa bastante estranho este lema se pensarmos nos interesses de Cerqueira. É o mesmo que dizer para os GLBTs votarem nos GLBTs. Essa idéia de facções sociais na política é perigosa. Cada político deve ter suas pautas específicas, mas não devem ser limitados a defender os direitos dos idosos - se são idosos - ou dos homossexuais - se os são, por exemplo. Por sinal, o que faria um candidato para defender os direitos dos homossexuais? Conseguiria mais verba para a próxima Parada? Exigiria mais respeito? Bem, heterossexuais, homossexuais, transsexuais, não importa. São todos cidadãos em iguais direitos e condições na sociedade (ou pelo menos deveria). Defender o direito de uma lésbica, por exemplo, é defender o direito de toda mulher. Essa necessidade de selecionar facções de eleitores é mera estratégia política.
O caso piora quando lembramos que o evento utilizou dinheiro público e obteve apoio de algumas Secretarias do Estado, dentre elas a de Cultura. Ou seja, o presidente do GGB fez propaganda política usando dinheiro público. As acusações são tão graves quanto as evidências.
...
No mais, a Parada foi fraca, com forte presença de heterossexuais (deveria ser o contrário) que foram atrás apenas do grande carnaval. Bom para os pequenos comerciantes, que venderam umas cervejas a mais, os candidatos à Câmara Municipal, que mostraram suposto apoio à causa gay e, claro, para Cerqueira.
O que mais era nítido, ao menos na praça do Campo Grande, era um sem-número de candidatos a Câmara de Vereadores distribuindo seus santinhos e pedindo o voto dos transeuntes. Nada mais que natural, apesar de incorreto, que se faça um bom proveito desse tipo de situação, principalmente quando se trata de uma grande festa.
A parte mais séria dessa história toda envolve o Grupo Gay da Bahia (GGB), organizador do evento, cujo tema foi "Seu voto vale sua vida". Marcelo Cerqueira, presidente do GGB, é candidato a vereador pelo Partido Verde (PV) e lá estava, com o seu carro de propaganda, santinhos e cartazes. Soa bastante estranho este lema se pensarmos nos interesses de Cerqueira. É o mesmo que dizer para os GLBTs votarem nos GLBTs. Essa idéia de facções sociais na política é perigosa. Cada político deve ter suas pautas específicas, mas não devem ser limitados a defender os direitos dos idosos - se são idosos - ou dos homossexuais - se os são, por exemplo. Por sinal, o que faria um candidato para defender os direitos dos homossexuais? Conseguiria mais verba para a próxima Parada? Exigiria mais respeito? Bem, heterossexuais, homossexuais, transsexuais, não importa. São todos cidadãos em iguais direitos e condições na sociedade (ou pelo menos deveria). Defender o direito de uma lésbica, por exemplo, é defender o direito de toda mulher. Essa necessidade de selecionar facções de eleitores é mera estratégia política.
O caso piora quando lembramos que o evento utilizou dinheiro público e obteve apoio de algumas Secretarias do Estado, dentre elas a de Cultura. Ou seja, o presidente do GGB fez propaganda política usando dinheiro público. As acusações são tão graves quanto as evidências.
...
No mais, a Parada foi fraca, com forte presença de heterossexuais (deveria ser o contrário) que foram atrás apenas do grande carnaval. Bom para os pequenos comerciantes, que venderam umas cervejas a mais, os candidatos à Câmara Municipal, que mostraram suposto apoio à causa gay e, claro, para Cerqueira.
Um comentário:
nada a ver:
http://blog.josesaramago.org/
Postar um comentário