Que a violência toma conta de nossa cidade, isto não é novidade. O mais recente absurdo noticiado foi o "toque de recolher" dado por traficantes em sete bairros da capital, determinando o fechamento de escolas, comércio e, claro, aterrorizando a população desses locais.
O mais novo epsódio violento chocou os baianos por ter ocorrido em ambiente universitário - onde, teoricamente, deveria haver o mínimo de preocupação com a tranquilidade dos estudantes - e de forma brutal. Como os diversos jornais já noticiaram, uma aluna da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi violentada sexualmente logo atrás do seu prédio de ensino, ou seja, dentro do campus, que localiza-se em Ondina.
Antes de entrar no objetivo do post, não posso deixar passar o debate que já se encaminha pela sociedade há tempos. É o cúmulo do descaso expor os alunos dessa maneira, dando pouca importância a violência que permeia todo e qualquer ambiente da cidade. Problemas como a má-estruturação dos campi e a falta de profissionais de segurança (para proteger o patrimônio humano, vale lembrar) acusam urgência em soluções efetivas.
Há muitas versões para o caso. A delegada titular Patrícia Nuno, em um show de frieza, disse não ter havido o estupro. Já os estudantes afirmam o contrário, e ainda acrescentam que ela estava de calça (não de short, como relatado) e durante um aula. Por ter se distanciado do grupo, acabou sofrendo a abordagem. Logo após o fato que, pasmem, aconteceu no início da manhã (quase às nove), a aluna foi acolhida por professores e colegas do Instituto de Letras.
Muitos alunos afirmam que casos de estupro e assaltos são frequetes na UFBA, o que os forçam a conviver com o medo diariamente.
Questões relacionadas já foram amplamente abordadas na imprensa, discussões informais e reuniões entre representantes estudantis e da UFBA. Mas ficam nebulosos nessa história toda dois pontos.
Como o reitor planeja renovar a UFBA, correndo atrás de cifras milhionárias para implantação de novos cursos, se a estrutura da velha universidade está deficiente? Implatar cursos noturnos, como prevê o projeto, é uma loucura sem tamanho, se pensarmos a segurança na universidade como se encontra hoje. Naomar de Almeida Filho, reitor da instituição, já demonstrou que o seu principal objetivo é "modernizar" (leia-se transformar para chamar a anteção) o sistema de ensino, mesmo que passando por cima de questões deficientes básicas, sendo a segurança a principal delas.
Neste âmbito, a discussão sobre a guarda universitária é necessária. Os alunos devem, até o último momento, lutar contra a presença da Polícia Militar (como quer o senhor Naomar) nos campi, pois poderia gerar um aumento da tensão, visto que a ação dos pms é sempre questionável.
O outro grave debate está em torno, mais uma vez, de declaração absurda e , neste caso, machista. Francisco Mesquita, vice-reitor da Universidade, tentou atenuar a situação dizendo que foi um "acidente" e que a o fato da garota estar de short incitou a situação. "Acidente", como diz um estudante de teatro, porque não foi a filha dele. Desde quando tirar a dignidade de uma pessoa é acidente e não um crime, passível das mais terríveis condenações? Já o "shortinho", este jamais servirá como argumento. Ou melhor, não há nem o que discutir quando se imagina que alguém já tentou justificar um caso de estupro. Restam somente a indignação e o desprezo.
O mais novo epsódio violento chocou os baianos por ter ocorrido em ambiente universitário - onde, teoricamente, deveria haver o mínimo de preocupação com a tranquilidade dos estudantes - e de forma brutal. Como os diversos jornais já noticiaram, uma aluna da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi violentada sexualmente logo atrás do seu prédio de ensino, ou seja, dentro do campus, que localiza-se em Ondina.
Antes de entrar no objetivo do post, não posso deixar passar o debate que já se encaminha pela sociedade há tempos. É o cúmulo do descaso expor os alunos dessa maneira, dando pouca importância a violência que permeia todo e qualquer ambiente da cidade. Problemas como a má-estruturação dos campi e a falta de profissionais de segurança (para proteger o patrimônio humano, vale lembrar) acusam urgência em soluções efetivas.
Há muitas versões para o caso. A delegada titular Patrícia Nuno, em um show de frieza, disse não ter havido o estupro. Já os estudantes afirmam o contrário, e ainda acrescentam que ela estava de calça (não de short, como relatado) e durante um aula. Por ter se distanciado do grupo, acabou sofrendo a abordagem. Logo após o fato que, pasmem, aconteceu no início da manhã (quase às nove), a aluna foi acolhida por professores e colegas do Instituto de Letras.
Muitos alunos afirmam que casos de estupro e assaltos são frequetes na UFBA, o que os forçam a conviver com o medo diariamente.
Questões relacionadas já foram amplamente abordadas na imprensa, discussões informais e reuniões entre representantes estudantis e da UFBA. Mas ficam nebulosos nessa história toda dois pontos.
Como o reitor planeja renovar a UFBA, correndo atrás de cifras milhionárias para implantação de novos cursos, se a estrutura da velha universidade está deficiente? Implatar cursos noturnos, como prevê o projeto, é uma loucura sem tamanho, se pensarmos a segurança na universidade como se encontra hoje. Naomar de Almeida Filho, reitor da instituição, já demonstrou que o seu principal objetivo é "modernizar" (leia-se transformar para chamar a anteção) o sistema de ensino, mesmo que passando por cima de questões deficientes básicas, sendo a segurança a principal delas.
Neste âmbito, a discussão sobre a guarda universitária é necessária. Os alunos devem, até o último momento, lutar contra a presença da Polícia Militar (como quer o senhor Naomar) nos campi, pois poderia gerar um aumento da tensão, visto que a ação dos pms é sempre questionável.
O outro grave debate está em torno, mais uma vez, de declaração absurda e , neste caso, machista. Francisco Mesquita, vice-reitor da Universidade, tentou atenuar a situação dizendo que foi um "acidente" e que a o fato da garota estar de short incitou a situação. "Acidente", como diz um estudante de teatro, porque não foi a filha dele. Desde quando tirar a dignidade de uma pessoa é acidente e não um crime, passível das mais terríveis condenações? Já o "shortinho", este jamais servirá como argumento. Ou melhor, não há nem o que discutir quando se imagina que alguém já tentou justificar um caso de estupro. Restam somente a indignação e o desprezo.
2 comentários:
musica eletronica pode até ser "musica do futuro", mas ainda terá a boa musica eletronica e a ruim, como tudo. a musica ele tronica quebrou um padrao estetico e nao é simplesmente qlq um que por gerar umas batidas mecanicas que pode se considerar, digamos, um "musico eletronico"!
e aqueles videos q vc postou pode tbm até ser considerados mpb (de pessima qualidade), mas bossa nova ta mt dificil...
e se vc resolve decidir que o q vai escrever eh mais do mesmo, nao tem pq escrever! a menos que se considere mera reprodutora.
e qnto ao cqc, vc está insinuando que eu nao tenho um repertorio cultural prévio??? sem comentarios.
Ainda que fosse um "shortinho", seria plenamente justificável por ela ser aluna DE DANÇA e, como vcc disse, não é motivo para atenuar a gravidade da situação.
Já há algum tempo que eu levanto a bandeira de melhorar a UFBA estruturalmente antes de "ampliá-la". Como vc, estou completamente bestificada com esta empáfia das autoridades (delegada e reitor). É muito fácil querer se atenuar as coisas quando estamos tratando de orgãos federais.
Compartilho da sua indignação, Renata.
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