sábado, 14 de junho de 2008

Back to the rocks

Dia desses eu tive um surto nostálgico e fui escutar uma das bandas mais monstruosas de todos os tempos, que me acompanhou durante toda a pré-adolescência e adolescência, o Deep Purple. Não é qualquer um que está preparado e, confesso, tem saco para escutar o Deep. Tem que gostar muito dos instrumentais e do tiro certeiro do rock clássico. E tem que estar pronto para viajar na psicodelia também.

Foi quando comecei a pensar nessa história de “educação musical”. Creio que as pessoas cujos pais não gostam ou não têm o costume de ouvir música, acabam se educando com amigos, a mídia e tudo o que as cercam. Já quem, como eu, tem pais amantes de música, tendem a gostar do que cresceram ouvindo nas vitrolas e fitas cassetes. Foi o meu caso. Claro que vai se absorvendo coisas novas, mas tudo segue a essência que lhe foi "imposta", por assim dizer.

Eu já devo ter falado que sempre fui muito saudosista musicalmente, por causa de meu pai. Já a mamma nunca foi tão apaixonada por música como ele, mas a culpa dessa minha fixação pelo rock dos anos 80 nacional é dela. Semana passada mesmo, ela me pediu uma coletânea com as melhores de Lobão, Paralamas, Kid Abelha, Titãs, Paulo Ricardo (ela quis dizer RPM) e "Barrados no Baile", canção de um cara chamado Eduardo Dusek, sucesso absoluto naquela época. Eu disse, "vai ser uma coletânea em três volumes, no mínimo".

Mas quero falar mesmo das influências que tive de meu pai. A primeira, maior e eterna, com certeza, foram os Beatles. Desde pequena eu escuto o long play do "Help!", lembro que este e o primeiro disco, o "Please Please Me", eram os meus prediletos. Essa fissura pelo “Help!" tem razão de ser, já que meu pai não pára de escutar; tem uma música nele, “You’re gonna lose that girl”, que ele simplesmente ama. Quando cresci e amadureci musicalmente, passei a venerar o Abbey Road, que sempre esteve lá junto com os outros discos, mas não dava tanta bola. O Revolver também é considerável. E não, ao contrário de muita gente, o Sargent Peppers não está entre os favoritos, o que não tira o mérito deste – é tudo uma questão de gosto. Falar de Beatles é difícil para uma fã, sobretudo no momento de dizer títulos.

Outro movimento que aprendi a amar com Seu Elias é a jovem guarda. Eu não tinha como escapar, ele toma doses semanais sagradas de Renato e seus Blue Caps, Roberto, Erasmo, The Fevers, Ronnie Von, Leno, Os Incríveis, etc, desde que me entendo por gente. Ah, não posso esquecer da "disco music" dos anos 70. Meu pai adora, e eu amo. Também não vou deixar de citar o A-ha que, por sinal, nunca mais escutei, estou na saudade.

Bem, falei dessa minha essência musical para tentar entender a queda que tenho pelo rock antigo. Quando eu comecei a escutar rock mais pesado, parti logo para a monstruosidade, por ter esse apego com velharia. E não foi por influência de meu pai. Eu fui descobrindo as bandas no mundo, de acordo com tal identificação. Incrível, ele odeia todas as bandas que acho fantásticas. Led Zeppelin? Deep Puple? Ac/dc? Pink Floyd? Kiss? “Nunca ouvi uma coisa tão ruim”, ele diz. Tem até uma situação engraçada. Uma vez estava eu, nas Lojas Americanas, quando vi um disco do Rush, que nem lembro mais qual era, só sei que estava a dez reais. Comprei e pedi que ele escutasse. Nossa, meu pai odiou muito, escaldou tanto que fiquei até sem graça na hora, e eu adorava seriamente o Rush* (hoje em dia nem ligo mais).

Até pouco tempo atrás eu tinha aversão a coisa nova. Não escutava nada mesmo. Só de uns tempos pra cá é que passei a ouvir qualquer bandinha que estoura por aí. Acho até que o nível do meu gosto musical desceu um pouco. Não é que eu leve música menos a sério, pelo contrário, é que aprendi que nem tudo o que a gente escuta tem que ser necessariamente bom. A questão é você saber classificar o tem qualidade ou não, independente de suas preferências.


Escutem o "Machine Head", do Deep. É coisa fina. Eu considero um dos melhores discos de rock de todos os tempos. É o que tem a melhor música dos caras, "Highway Star". O disco talvez seja o mais radiofônico de todos, talvez por isso tenha feito bastante sucesso. Nele também consta o mega-hit “Smoke on the water”.




Rush* - Muita gente não conhece, mas o Rush é um trio de rock progressivo que surgiu no final da década de 60. É o quinto artista que tem mais discos de ouro e platina, perdendo só para Aerosmith, Beatles, Kiss e Rolling Stones (http://pt.wikipedia.org/wiki/Rush) .






Segue o clipe de Highway Star, com o Deep Purple em sua melhor formação:

domingo, 8 de junho de 2008

Dificuldades

Antes de postar a matéria que fiz para o trabalho sobre a terceira idade, preciso ressaltar alguns pontos.

Saibam, estudantes de jornalismo sofrem. Imagina o que é você necessitar falar com uma fonte, para compor a notícia, e não conseguir contactar nenhuma. Quando me identifiquei como "repórter do LabWeb", explicando o que era o site, minha credibilidade era zerada. Talvez tenha sido mais complicado para mim, que precisei conversar com políticos. Se já é difícil para a mídia "grande" conseguir entrevistá-los, o que pensar de uma mera estudante de comunicação?

Sem comentários. Por isso que a minha matéria ficou fraca e incompleta. Levei vários foras de secretárias, e eu precisava cumprir um prazo.

De qualquer forma, segue a tal matéria sobre a participação dos idosos na política baiana. Na página, tem link para o resto do texto.

http://labweb.fsba.edu.br/hipertexto.asp?ID=355

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Nave ácida!



Quando eu soube dessa história de "pegada ácida", a primeira coisa que me veio à cabeça foi algo muito louco.Uma espécie de música altamente alternativa, com um Q maiúsculo de psicodelia. Tá, confesso, pensei logo em algo tipo Sonic Youth.

Mas é claro que a festa Nave não é restrita à um estilo só. Creio que essa tal pegada também não seja.

Então vou definir "pegada ácida" como música louca, parte de uma vida também louca, para aqueles que não se contentam em escutar, mas que precisam sentir a música provocando-lhes reações inesperadas.


Se, mesmo com a minha explicação, você não captou a mensagem:

- Nave na pegada ácida! -
[Indie - New Rock - Electro - Pop]

DJs: el Cabong Janocide Centro Cultural Batidão (SP) Buenas Spencer Marccela
07/6/2008 23h R$ 15
Boomerangue (Rua da Paciência, 351 - Rio Vermelho)
Classificação: 18 anos





Essa pegada é uma onda. E a onda agora é "pegada ácida"!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Trabalho noturno afeta qualidade de vida



Por Renata Alves


O trabalho noturno causa mais problemas à saúde do que se imagina. Uma pesquisa realizada em 2004, pelo Instituto Oswaldo Cruz e o Grupo Multidisciplinar de Desenvolvimento e Ritmos Biológicos, revelou que a troca da noite pelo dia acarreta em doenças de ordem física e psicológica. O desconhecimento desses distúrbios ou a não-associação destes à uma noite insone faz com que muitos optem por inverter sua rotina, perdendo qualidade de vida.


“O fenômeno principal é a desorganização do ritmo do sono, a insônia”, diz o médico Willian Buinghan, 54 anos. Como o desejo de dormir costuma não ser reposto, doenças psicológicas como o estresse, a ansiedade e a depressão são agravadas. Estar adaptado a não dormir no horário comum não alivia os efeitos. O especialista afirma que prezar por boas condições de ambiente, evitar bebidas alcoólicas e atividades físicas próximas ao horário de descanso e ter uma alimentação leve amenizam os efeitos de uma noite insone, mas o cumprimento de todas as fases do repouso é fundamental para a reposição das energias do corpo.


O estudo realizado pelo Instituto e o Grupo Multidisciplinar da Universidade de São Paulo (USP) ainda constatou que as mulheres têm mais dificuldade de repor o sono perdido, pois costumam ser mais preocupadas com os filhos e as atividades domésticas.


O policial Antônio Élio Santos, 40 anos, que possui turnos de trabalho variados, não sente cansaço durante a noite. Ele diz já ter se acostumado com a insônia, ao contrário de alguns colegas, e reconhece o perigo que isso pode representar, pois seu posto requer atenção redobrada. Marcelo Gomes, 26 anos, garçom de boate, tem o mesmo distúrbio e se sente disposto na madrugada. Ambos não associam qualquer doença à falta de rotina do sono.


Possíveis fenômenos físicos e psicológicos dos funcionários da noite parecem não afetar o bom desempenho dos estabelecimentos. João Pedro Nervo, gerente e sócio de bar no Rio Vermelho, diz que não há diferença de comportamento entre os empregados diurnos e noturnos. Ele justifica que bonificações concedidas aos garçons os estimulam durante o expediente. “São pessoas acostumadas a trocar a noite pelo dia”, conclui.