quarta-feira, 5 de março de 2008

Domingo eu quero ver o domingo acabar

Em seu último dominical, Faustão deu mais uma prova de que os anos não o transformaram em um apresentador digno de respeito.

Em entrevista com o participante negro eliminado do Big Brother, Felipe, levantou a hipótese sobre o racismo como culpado pela saída do rapaz da competição.

Entre tantas besteiras faladas, uma doeu nos tímpanos: conversando com os pais do ex-brother, disse que eles mereciam um troféu por conseguirem, em um país como o Brasil, dar uma boa vida a um jovem negro. Daí eu me pergunto aonde está a responsabilidade social de um programa como este, líder de audiência no horário. Parece que a perpetuação de um pensamento preconceituoso já é feita de uma forma natural, quase que imperceptível. Quase. Basta prestar um pouco mais de atenção ao discurso para entender a lógica mantenedora das ideologias que impregnam a socidade.

Por que os negros devem merecer prêmios por conseguirem ter uma vida digna? Isso por acaso deve ser algo excepcional?

Como já disseram os Titãs, "domingo eu quero ver o domingo passar, domingo eu quero ver o domingo acabar..."

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